dezembro 21, 2006

Enxertos no Eclesiastes.

“Tudo tem seu tempo, há um momento oportuno para cada empreendimento debaixo do céu.”
Tempo de nascer e tempo de morrer (definitivo); tempo de plantar e tempo de colher a planta (tudo ao mesmo tempo agora). Tempo de matar (o filme) e tempo de sarar (depois da tempestade vem a bonança); tempo de destruir e tempo de construir (dialética). Tempo de chorar (cobrindo o rosto) e tempo de rir (juventude); tempo de gemer (yes!!!) e tempo de dançar (timing). Tempo de atirar pedras (atire a primeira) e tempo de ajuntá-las (tenho algumas no meu bolso); tempo de abraçar (um longo abraço across the water ) e tempo de se separar (dar um tempo). Tempo de buscar e tempo de perder (estratégia e tática); tempo de guardar (geladeira) e tempo de jogar fora (lixeira ou fogueira). Tempo de rasgar e tempo de costurar (Penélope noite e dia); tempo de calar e tempo de falar (ponto e parágrafo). Tempo de amar e tempo de odiar (fim da história); tempo de guerra e tempo de paz (história sem fim).

"Everything has its time, underneath has an opportune moment for each enterprise of the sky." Time of being born and time to die (definitive); planting season and time of spoon the plant (everything at the same time now). Time to kill (the movie) and time of the cure (after the storm it comes the lull); time to destroy and time to construct (dialectic). Time to cry (covering the face) and time to laugh (youth); time to groan (yes) and time to dance (timing). Time to shoot rocks (it shoots the first one) and time to gather them (I have some in my pocket); time to hug (a long hug across the to water) and time to separate (to give a time). Time to search and time to lose (strategy and tactics); time to keep (freezer) and time to discard (dump or bonfire). Time to rip and time to sew (Penelope night and day); time to silence and time of speaking (point and paragraph). Time to love and time hating (end of history); time of war and time of peace (neverending).

Consolada

Consolada (De Manuel Bandeira)
"Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:- Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar"

Fim da moratória
Se a indesejada do poeta chegar para mim.
Vai me encontrar desprevenida;
Entretida na moratória interminável.
Não lhe darei boas vindas nem vou fingir que não vi.
Acontece ao gado todo dia, entro na fila resignada.
Mas a roupa vai ficar por lavar, as contas sem pagar;
as coisas fora do lugar.
Na colheita atrasada, os gafanhotos e larvas grassarão.
Neste tempo quando "nunca se termina nada",
Finalmente vou rir do meu credor
E os encostos vão pesar em outro otário ...