fevereiro 20, 2015
fevereiro 19, 2015
Sobre os 50 tons de Grey
Sobre os 50 tons:
Assisti 50 tons e li os 3 livros. Como em “9 semanas e meia de amor” -- filme considerado melhor do que 50 tons -- mostra uma relação doentia. Em "9 semanas e meia" a personagem feminina desiste da relação, pois, não dá conta: "não era amor era cilada". Ela desaparece na multidão, ao que parece John jamais consegue reencontrar Elizabeth (a personagem feminina do casal).
Sr Grey tbm é um homem rico, poderoso, perverso e pervertido como John, o protagonista de “9 semanas e meia”. Como o galã de “uma linda mulher”, Sr Grey é uma espécie de yuppie que faz fusões, aquisições, desmonta e quebra empresas e empregos. Esses personagens são todos homens poderosos, bonitos, quase irresistíveis.
Sr. Grey é um CEO, executivos cuja remuneração ultrapassa a soma do lucro das empresas, do seu crescimento econômico mais a remuneração média de todos os trabalhadores (Consulta a Bresser Pereira). Os CEOs “ganham quatrocentas vezes mais que o trabalhador médio" (de acordo com Bresser Pereira) e cada vez mais, mais. São capitalistas de risco para seu entorno, Sr Grey faz manobras de risco calculado e vive numa bolha de segurança máxima, controlando tudo como um maníaco. Sr Grey diz que conhece as pessoas, sabe tirar o melhor delas, se não correspondem impiedosamente manda embora.
Sr Grey não tem nem um pinguinho de empatia por quem sofre, embora seja de “carne e osso”, sofra pelo seu passado de menino maltratado pela mãe e seus cafetões, parecido com a história do galã de “Uma linda mulher". Sr. Grey venceu com vinte e poucos anos, quando Anastacia o entrevista ele tem 28 anos, ela tem 20-- foi o que deu a entender.
Sr Grey incorpora traços de personalidade característicos, socialmente constituídos, conforme a ideologia do mercado neoliberal, é agressivo, tem autoestima elevada (com algumas controvérisias), tem poder de persuasão (dinheiro, capangas), tem carisma e postura de líder. Além disso, é charmoso, bem vestido e cheiroso. Sr Grey nunca sorri mas faz Anastácia tremer.
Sr. Grey tem os fins de semana para relaxar, coisa que um professor pouco tem. Nos fins de semana ele faz sua vilegiadura urbana, num prédio inteiro de sua propriedade, no quarto vermelho da dor. Ele é adepto do BDSM. No quarto vermellho da dor, em vez de descansar das maldades diárias, ele se torna pior ainda. É Sr. Grey tem desejos não convencionais.
BDSM sigla "Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo", diz-se que é um grupo de padrões de comportamento sexual humano. De acordo com o analista do Sr. Grey é um tipo de comportamento “seguro, são e consensual”. Não vou questionar, o homem é um especialista e não estou aqui para ser moralista. Mas Sr. Grey exagera, pois, os contratos com suas submissas – não se referem ou se restringem a sexo, tratam de "controlar quase todos os aspectos da vida" das mulheres contratadas (diz Laurie Penny). Anastácia não é boba, está toda derretida, totalmente na dele, mas capta isso muito bem. Parece que nem tudo está perdido -- ilusão de livro 1/ parte 1.
No quarto vermelho da dor Sr Grey exercita o sadismo – segundo sua própria definição (Cf livro 2) – sob contrato com suas submissas. Recordei que até os Médicis descansavam em suas vilas palladianas de sua maldade diária. Ser mau cansava parece no Século XIV, mas é certo que não cansa mais. Ser malvado para Sr Grey é uma necessidade, diz sua mestra dominatriz – Ele vive numa espécie de playground: prédios friamente decorados, entre obras de arte, pilotando jatinhos, iates, helicópteros, carros que flutuam no asfalto, bebendo e comendo do bom e do melhor. Ele tem personais de toda ordem, serviçais, sobretudo, ostenta aquela sensação contínua de vitória, de estar acima da paisagem.
Concordo com definições de jornalistas mulheres americanas sobre o Sr. Grey “ele é um jerk”, de blogueiras: "um bloodsucker"; “é apenas um sociopata e um misógino de ‘mão cheia’, há muitas pessoas que podem achá-lo que sexy, mas eu não" (Laurie Penny). Ele é um abusador. Mas Anastácia acha ele sexy, polido, embora um pouco intimidador. Ela o coloca num pedestal, sequer entende porque se interessa por ela, um “doce de menina mal vestida”. Deve ser por ser “fodido da cabeça” ela pensa. Ela admira como ele faz e conduz seus negócios. Ela não sonhou em ser rica, fica constrangida com a riqueza dele, mas acha do fundo do coração que ele merece tudo aquilo que possui. Anastácia não é inocente. Ela não questiona o governo que ajudou o sistema monetário a concentrar em 1% da população dos EUA 25% da renda do país, embora faça parte dos 99% americanos, dos excluídos do festim diabólico financeiro. Anastácia primeiro diz não para tudo aquilo de bom e ruim que Sr. Grey oferece. Isso serve para dar algum suspense, alguma dignidade, algum amor próprio ao personagem, mas depois ela vai dizer “yes, yes, yes”.
Assisti 50 tons e li os 3 livros. Como em “9 semanas e meia de amor” -- filme considerado melhor do que 50 tons -- mostra uma relação doentia. Em "9 semanas e meia" a personagem feminina desiste da relação, pois, não dá conta: "não era amor era cilada". Ela desaparece na multidão, ao que parece John jamais consegue reencontrar Elizabeth (a personagem feminina do casal).
Sr Grey tbm é um homem rico, poderoso, perverso e pervertido como John, o protagonista de “9 semanas e meia”. Como o galã de “uma linda mulher”, Sr Grey é uma espécie de yuppie que faz fusões, aquisições, desmonta e quebra empresas e empregos. Esses personagens são todos homens poderosos, bonitos, quase irresistíveis.
Sr. Grey é um CEO, executivos cuja remuneração ultrapassa a soma do lucro das empresas, do seu crescimento econômico mais a remuneração média de todos os trabalhadores (Consulta a Bresser Pereira). Os CEOs “ganham quatrocentas vezes mais que o trabalhador médio" (de acordo com Bresser Pereira) e cada vez mais, mais. São capitalistas de risco para seu entorno, Sr Grey faz manobras de risco calculado e vive numa bolha de segurança máxima, controlando tudo como um maníaco. Sr Grey diz que conhece as pessoas, sabe tirar o melhor delas, se não correspondem impiedosamente manda embora.
Sr Grey não tem nem um pinguinho de empatia por quem sofre, embora seja de “carne e osso”, sofra pelo seu passado de menino maltratado pela mãe e seus cafetões, parecido com a história do galã de “Uma linda mulher". Sr. Grey venceu com vinte e poucos anos, quando Anastacia o entrevista ele tem 28 anos, ela tem 20-- foi o que deu a entender.
Sr Grey incorpora traços de personalidade característicos, socialmente constituídos, conforme a ideologia do mercado neoliberal, é agressivo, tem autoestima elevada (com algumas controvérisias), tem poder de persuasão (dinheiro, capangas), tem carisma e postura de líder. Além disso, é charmoso, bem vestido e cheiroso. Sr Grey nunca sorri mas faz Anastácia tremer.
Sr. Grey tem os fins de semana para relaxar, coisa que um professor pouco tem. Nos fins de semana ele faz sua vilegiadura urbana, num prédio inteiro de sua propriedade, no quarto vermelho da dor. Ele é adepto do BDSM. No quarto vermellho da dor, em vez de descansar das maldades diárias, ele se torna pior ainda. É Sr. Grey tem desejos não convencionais.
BDSM sigla "Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo", diz-se que é um grupo de padrões de comportamento sexual humano. De acordo com o analista do Sr. Grey é um tipo de comportamento “seguro, são e consensual”. Não vou questionar, o homem é um especialista e não estou aqui para ser moralista. Mas Sr. Grey exagera, pois, os contratos com suas submissas – não se referem ou se restringem a sexo, tratam de "controlar quase todos os aspectos da vida" das mulheres contratadas (diz Laurie Penny). Anastácia não é boba, está toda derretida, totalmente na dele, mas capta isso muito bem. Parece que nem tudo está perdido -- ilusão de livro 1/ parte 1.
No quarto vermelho da dor Sr Grey exercita o sadismo – segundo sua própria definição (Cf livro 2) – sob contrato com suas submissas. Recordei que até os Médicis descansavam em suas vilas palladianas de sua maldade diária. Ser mau cansava parece no Século XIV, mas é certo que não cansa mais. Ser malvado para Sr Grey é uma necessidade, diz sua mestra dominatriz – Ele vive numa espécie de playground: prédios friamente decorados, entre obras de arte, pilotando jatinhos, iates, helicópteros, carros que flutuam no asfalto, bebendo e comendo do bom e do melhor. Ele tem personais de toda ordem, serviçais, sobretudo, ostenta aquela sensação contínua de vitória, de estar acima da paisagem.
Concordo com definições de jornalistas mulheres americanas sobre o Sr. Grey “ele é um jerk”, de blogueiras: "um bloodsucker"; “é apenas um sociopata e um misógino de ‘mão cheia’, há muitas pessoas que podem achá-lo que sexy, mas eu não" (Laurie Penny). Ele é um abusador. Mas Anastácia acha ele sexy, polido, embora um pouco intimidador. Ela o coloca num pedestal, sequer entende porque se interessa por ela, um “doce de menina mal vestida”. Deve ser por ser “fodido da cabeça” ela pensa. Ela admira como ele faz e conduz seus negócios. Ela não sonhou em ser rica, fica constrangida com a riqueza dele, mas acha do fundo do coração que ele merece tudo aquilo que possui. Anastácia não é inocente. Ela não questiona o governo que ajudou o sistema monetário a concentrar em 1% da população dos EUA 25% da renda do país, embora faça parte dos 99% americanos, dos excluídos do festim diabólico financeiro. Anastácia primeiro diz não para tudo aquilo de bom e ruim que Sr. Grey oferece. Isso serve para dar algum suspense, alguma dignidade, algum amor próprio ao personagem, mas depois ela vai dizer “yes, yes, yes”.
fevereiro 16, 2015
FIFTY SHADES OF SOCIALIST FEMINISM posted by Laurie Penny
link
blog: the work of Laurie Penny
Seattle, 2015.
blog: the work of Laurie Penny
Seattle, 2015.
""""‘He’s ready to see you now,’ says the well-dressed receptionist. I find myself wondering what she gets paid. Some people seem to get off on the constant presence of servile flunkies, and I make a note to actually talk to some of them later in this story. Meanwhile, Christian Grey, superstar billionaire, is waiting for me in his office.
""""I have no idea why he has agreed to this interview with Red Rag – he must have had his people research our political leanings, and he knows we’re looking through his financial records, which are murky and confusing, just like Grey Holdings itself. Nobody’s ever been sure what the company actually does. They prefer to focus on Christian Grey’s tight abs and storm-grey eyes. But I can’t get excited over someone whose precise methods of profiting from the alienated labour of god knows how many low-waged staff still need investigating.
"""They’ve got a point, though – Christian Grey is incredibly hot, and also really rich and successful, like Mark Zuckerberg if Mark Zuckerberg were incredibly hot. Also a bit like Edward Cullen from Twilight, although not enough to constitute a copyright violation, because he’s wearing a business suit. Just another bloodsucker.
"""“Miss Gold,” he says. His voice is deep and growly like a sexy vacuum cleaner. “Please sit down. May I call you Emma?”
“Let’s keep this professional,” I say, turning on the recorder.
“You’re a very sweet girl,” he says “And I’m sure you’re just waiting for someone to sweep you away from this mundane life of entry-level journalism. It’s a collapsing industry, you know. Don’t you want to know what I do to relax?” Christian Grey runs his fingers over the back of my chair.
“I’m going to take a wild guess that you like to tie up submissive young women and beat them to a pulp while you sob about your mother.”
Christian Grey looks out the window broodingly. “Okay, fine,” he says, “Let’s talk about finance.”
My inner goddess puts on a necklace of men’s skulls and starts doing a war dance of victory.
****
After I send in my preliminary report, Christian Grey turns up at my work unannounced.
‘I can’t stop thinking about you, Emma,” he says, “I feel like you really see me. Like you know parts of me nobody has ever known before.’
‘That’s because nobody has ever taken a detailed look at your overseas tax holdings before.’
‘I’d like to take you to dinner, but first you have to sign this non-disclosure agreement.”
“I’m signing nothing,” I say. “Come back with a detailed breakdown of your payroll and we can talk.”
Christian Grey fixes me with a penetrating stare, like he wants to beat fifty shades of shit out of me.
“Stay away from me, Emma,” he says, “I’m dangerous.”
“Alright,” I say, “Get the hell out of my office, I’ve got work to do.”
****
I’m back at my flat when the package arrives. Christian Grey has bought me a priceless first edition of my favourite book, “On the Origins of the Family, Private Property and The State.”
Five minutes later, the phone rings. It’s Christian.” I can’t accept gifts from a source,” I say. “Honestly, though, have you even read this book?”
“No,” he says, “I just thought that if I gave you very expensive gifts you would stop hounding me with FOI requests and then let me fuck you.”
“Jeez,” I say, “You need to go away and sit and think about commodity fetishism and the compensation of emotional labour. Also your obvious issues with women. By the way, how did you get this number?”
“I run a tech firm. Of course I’m tracking all your communications. I’ve also bugged your laptop.”
“That’s called corporate cyber-stalking. I’m going to set Democracy Now on your ass.”
“I love it when you talk dirty, Emma.”
“Great. My safe word is “restraining order.”
***
Alright, alright, so I had sex with Christian Grey. What can I say? I was bored and horny and my hitachi was broken. Great body, but he lurches between ranting about his childhood and trying to play out his virgin fantasies, which I was having none of.
When the suit comes off, Christian Grey is like every self-involved controlling man-child I’ve ever fucked, except with more money and a bunch of scary dudes with guns on his payroll. Also, he keeps nagging me to sign an huge weird contract with all the things he wants to do to me. Among other things I get to cede complete control over my reproductive rights. Not for a fleet of helicopters, buddy.
“Holy crap,” I say, “I have never seen a contract like this before in any of my extensive experience within the BDSM community. This isn’t about sex. This is about controlling every aspect of my behaviour. This is the work of a disturbed person with a team of lawyers enabling his abusive tendencies. Nobody in their right mind would sign.”
“I’ll buy you a Lamborghini’
“I’d really prefer a tank.”
***
Christian gives in and shows me around his creepy home dungeon. It’s all decked out with douchebag sex-toys, every one of which costs more than my flat. I’ve been to more interesting parties in Brixton.
“My desires are…unconventional,” he admits
“So are mine,” I say. “I want to overthrow the government, eliminate the money system, institute complete automation and destroy the male sex.”
Christian goes off to sulk in his helicopter.
When he comes back he’s still in a mood. “Look,” I say, “I don’t think you’re really a ‘dominant’ at all. I don’t think you know what that means. I don’t want to police your fantasies, but the way this is playing out is deeply problematic. You’re just an entitled sociopath and misogynist in a nice tie, and there are plenty of people who might find that sexy, but I don’t.”
“You need to learn to manage my expectations. I am not a patient man,” he mutters.
I pull my tampon out and throw it violently at his head.
“Alright. Here’s the deal,” says Christian, wiping the blood off his face. “I’ll give you everything you ever wanted, as long as I can control you completely.”
“Shut up and call me Melinda Gates,” I say, buckling on my strap-on.
****
My FOI requests have come through. And I finally got the receptionist to talk, girl to girl. Pretty soon there’s going to be a big expose on the activities of Grey Enterprises Holdings, Inc. I imagine Christian won’t be a rich man for very much longer. I’d tell him, but I’ve got to keep my personal and professional lives distinct.
So, so distinct.
“Say it again, bourgeois scum!”
“The history of all previous societies has been the history of class struggle!”
He’s so freaking hot when he’s quoting Marx. “No,” I say, tweaking Christian’s nipple-clamps, and I smile. “Say the other thing.”
“SAFE, SANE AND CONSENSUAL!” He screams.
My inner goddess sprouts a thousand tentacles and demands blood sacrifice.
With thanks to muse and misandry consultant Meredith Yayanos."""
fevereiro 14, 2015
Spinosa no wordpress
por ASCENSÃO PLANETÁRIA
"As sábias palavras são de Baruch Espinoza , e acredite, essas palavras foram ditas em pleno Século XVII. Continuam verdadeiras e atuais até a data de hoje.
"Se tens um tempinho… segue uma breve biografia…
"Baruch Spinoza ou Espinosa, ou Espinoza (1632-1677) nasceu em Amsterdã, Holanda. John Locke nasceu no mesmo ano. Spinoza era de uma família tradicional judia, de origem portuguesa. Sua família emigrou porque os judeus estavam sendo perseguidos. Seu pai era um comerciante bem sucedido e abastado. Spinoza gostava de estudar e ficava na sinagoga. Era um dos melhores alunos. Aprendeu a Bíblia Sagrada e o Talmund. Então foi para uma escola particular, onde conheceu o latim. Pôde então ter um estudo mais abrangente. Leu sobre a identificação de Deus com o universo, sobre a associação da matéria com o corpo de Deus. Se interessou muito pela filosofia moderna, como Bacon, Hobbes e Descartes. Então foi acusado de heresia, por se mostrar irredutível em suas opiniões.
"Spinoza fez uma análise histórica da Biblía, colocando-a como fruto de seu tempo. Critica os dogmas rígidos e rituais sem sentido nem poder, bem como o luxo e a ostentação da Igreja. Por suas opiniões, um homem tentou matá-lo com um punhal. Escapou graças à sua agilidade. Ofereceram uma pensão para ele manter fidelidade à sinagoga e Spinoza recusou. Foi então excomungado, em 1656. Amaldiçoaram-no em ritual. Depois disso, viajou pela Holanda. Os judeus não falavam com Spinoza, mas os cristãos sim. Apesar disso, não se converteu ao cristianismo. Seus familiares quiseram deserdá-lo. Lutou pela herança do pai e ganhou a causa. Mas recusou a recebê-la, só queria fazer valer seus direitos.
"Spinoza era meio frágil, pois seus pais eram tuberculosos. Viveu uma vida modesta, frugal e sem grandes luxos. Se sustentava com algumas doações e com o dinheiro de polidor e cortador de lentes ópticas. Mantinha uma relação com amigos e admiradores, e discutia suas idéias. Se correspondeu bastante. Era de altura mediana, pele escura, cabelos escuros e encaracolados e feições agradáveis. Segundo Colerus, se vestia descuidadosamente. Suas principais obras são: Tratado político, inacabado; Tratado da correção do intelecto; Princípios da Filosofia Cartesiana; Pensamentos Metafísicos;que veio de curso particular que deu sobre Descartes, e sua obra prima: Ética Demonstrada pelo método geométrico. Algumas obras suas foram incluídas no Index de livros proibidos. Foi preso sob acusação religiosa e morreu na prisão, aos quarenta e quatro anos.
"A vida de Spinoza foi marcada pela sua concepção de Deus. No Tratado teológico político defende uma interpretação da Bíblia diferente da visão dogmática de judeus e cristãos. Diz que a Bíblia está no sentido figurado. Spinoza atacou a falsa noção que se tem de Deus e da espiritualidade. Mair tarde, identificou isso como um erro da mente diz como escapar no Tratado da correção do intelecto. Ainda no Tratado teológico político, diz que as massas tendem a associar Deus com fenômenos extraordinários, que não ocorrem comumente na natureza. O ponto principal do pensamento de Spinoza é a comunhão entre Deus e a natureza. Spinoza critica a religião porque ela está alimentada pelo medo e a supertição. Devemos fazer uma interpretação racional da Bíblia. A diferença entre filosofia e religião é que a primeira busca a verdade e a sugunda precisa da obediência para ser realizada. Spinoza saiu da sociedade. Desde que foi excomungado, viveu à parte. Isso implica buscar vivências incomuns às galerias. Spinoza buscou a espiritualidade racionalista, é profunda sua cultura e é clara sua visão de assuntos que estão fora da subjetividade, e envolvem um conhecimento complexo, conhecimento este que nos dias de hoje são marcado pela banalização cultural e a ideologia deturpada pelas derrotas sucessivas. Desse modo , Spinoza, numa época ainda pura nos conceitos, fala de Deus, da alma e da mente. A religião e o Estado devem estar subjugados à eles. Spinoza não acreditava na divindade de Cristo, mas o colocava como o primeiro entre os homens. Spinoza, na mesma época que Locke, defendeu o liberalismo político. Para ele, direitos naturais são as regras do ser. Somos forçados a obedecer as leis naturais, que são divinas e eternas. A ajuda mútua é necessária e útil. Sem ela, os homens não poder viver confortavelmente nem cultivar seus espíritos. O objetivo do Estado não deve ser tirânico (como em Hobbes) mas libertário. O direito natural em Spinoza é compatível com a democracia: é nas grandes massas que a natureza humana melhor se manifesta"""
conferir em link ASCENSÃO PLANETÁRIA
DEUS SEGUNDO SPINOZA
“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria.
Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho… Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz… Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio.
Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez?
Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade?
Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso.
Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre.
Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho.
Vive como se não o houvesse.
Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir.
Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não.
Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste… Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim – crer é supor, adivinhar, imaginar.
Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.
Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me!
Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam.
Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?… Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim.
A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas.
Para que precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?
Não me procures fora!
Não me acharás.
Procura-me dentro… aí é que estou, batendo em ti.
Baruch Spinoza.
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