junho 20, 2015

Dou aula, leio muitas monografias muitas e muitas vezes, cobro monografias e sumários que não foram entregues, ajudo a acompanhar datas e entregas, participo de bancas de trabalhos que tem de 150 a 300 páginas (mais de 10 por ano no mestrado, mais algumas na graduação, e as vezes até doutorado), faço pesquisa (quando dá), faço extensão, presto consultorias gratuitamente, dou abraço em aluno, orientando que chora, enxugo lágrimas, comemoro com quem quer comemorar. Ouço, ouço e ouço ideias mirabolantes, viáveis, inviáveis, factíveis ou não, dúvidas, sonhos, apreensões, medos, confissões. Fico preocupada com quem nunca entrega nada. Tento escrever, organizo o que quero escrever. Leio, leio, leio, faço projetos de extensão e de pesquisa (maioria não consegue verbas pra bolsa, etc), faço relatórios ou não faço. Vou aos eventos acadêmicos e políticos da universidade e da cidade, acompanho, vou e dou palestras em eventos dos movimentos urbanos.Mesmo afastada pra pós doc (há projetos que planejei e me comprometi a realizar neste prazo). neste ano já foram 4 bancas, serão mais duas em junho de mestrado, duas na graduação (nunca menos de 100 páginas). Ah! Minha coluna já era, meu rim e meu fígado não prestam mais pra doar de verdade! Troco de óculos a cada dois anos (quando aumenta um grau).


junho 12, 2015

Livro de escravo que viveu no Brasil é traduzido por historiador

Mahommah Gardo Baquaqua foi o único escravo a trabalhar no Brasil a escrever uma autobiografia e virou símbolo da luta abolicionista no mundo
"Sua obra conta com detalhes como era o tratamento dos escravos desde a entrada nos navios negreiros até como os escravos os tratavam em terras brasileiras. "Meus companheiros não eram tão constantes quanto eu, sendo muito dados à bebida e, por isso, eram menos rentáveis para o senhor. Aproveitei disso para procurar elevar-me em sua opinião, sendo muito prestativo e obediente, mas tudo em vão; fizesse o que fizesse, descobri que servia a um tirano e nada parecia satisfazê-lo. Então comecei a beber como os outros e, assim, éramos todos da mesma laia, mau senhor, maus escravos", conta .conta em uma passagem."
ver link em Brasil de Fato.

junho 07, 2015

No meio da vida

“In media vita [No meio da vida]. – Não, a vida não me desiludiu! A cada ano que passa eu a sinto mais verdadeira, mais desejável e misteriosa – desde aquele dia em que veio a mim o grande libertador, o pensamento de que a vida poderia ser uma experiência de quem busca conhecer – e não um dever, uma fatalidade, uma trapaça! – E o conhecimento mesmo: para outros pode ser outra coisa, um leito de repouso, por exemplo, ou a via para esse leito, ou uma distração, ou um ócio – para mim ele é um mundo de perigos e vitórias, no qual também os sentimentos heroicos têm seus locais de dança e de jogos. “A vida como meio de conhecimento” – com este principio no coração pode-se não apenas viver valentemente, mas até viver e rir alegremente! E quem saberá rir e viver bem, se não entender primeiramente da guerra e da vitória?” Friedrich Nietzsche Gaia Ciência
No fim das contas, uma pessoa ama os próprios desejos e não aquilo que é desejado,   “Além do Bem e do Mal” (Jenseits von Gut und Böse), do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), publicado em 1886,