Livin' under my bed Whisperin' in my ear" Santana, Everlast
O que as crianças não sabem é que os monstros que elas temem crescem com elas, dentro delas, na medida em que suas roupas ficam pequenas e os caminhos dos corredores estreitam-se e encurtam.
Primeiro eles tomam conta da parte de dentro depois do corpo inteiro, primeiro os olhos arregalados e o pânico, a boca seca. Eles saem pelo cabelo e pele, às vezes pela voz.
Depois se encerram as danças, não se ouve som de música. Finalmente, desaprendem-se os passos que custaram horas de ensaio. Dores acometem as articulações.
O mundo roda menos em torno de si mesmo. Translações breves, os anos passam mais rápidos. Acelera-se em direção à superfície. Outra face menos bela, menos risonha descende a mais nova, menos cabelo mais preocupações, tarefas, mais areia menos caçamba, atropelos. O Rio Esquecimento embaralha as lembranças.
Inimigos entram em fila, amigos ficam no caminho. Solidão todo mundo tem. Multidões desconhecidas cruzam seu caminho estranhas, donas de si, porém sem a festa prometida do "carro alegre cheio do povo contente", eles não tem nomes ou palavras de ordem. As multidões são sábias, como foram os namorados que foram embora mas ficaram, nos deixaram em paz e filhos, seguiram seus rumos, trajetos sábios. Um filho é um abraço certo...
Consultas médicas, florais,acupuntura, ouvindo gemidos de outros pelas paredes finas, sua imensa tristeza. Evita-se seguir ou dar conselhos. Não julgar é dificil. Há algo de bom em ser feia, ombro a ombro, face a face, é legítimo este olhar que você vê. Este corpo é o que fiz com a vida. Não tolero a incerteza, o mais certo é que “os caminhos se bifurcam” e que uma estrada não vai lugar nenhum se não caminharmos nela. Não titubeio, nada dói ou obstrui, quase tudo flui como palavras nervosas e os fluídos. O éter, pneuma, Hermes, os anjos. Menos viagens, mundo pequeno, mais devires...
Meu monstro é carne e unha com outros feios...
Primeiro eles tomam conta da parte de dentro depois do corpo inteiro, primeiro os olhos arregalados e o pânico, a boca seca. Eles saem pelo cabelo e pele, às vezes pela voz.
Depois se encerram as danças, não se ouve som de música. Finalmente, desaprendem-se os passos que custaram horas de ensaio. Dores acometem as articulações.
O mundo roda menos em torno de si mesmo. Translações breves, os anos passam mais rápidos. Acelera-se em direção à superfície. Outra face menos bela, menos risonha descende a mais nova, menos cabelo mais preocupações, tarefas, mais areia menos caçamba, atropelos. O Rio Esquecimento embaralha as lembranças.
Inimigos entram em fila, amigos ficam no caminho. Solidão todo mundo tem. Multidões desconhecidas cruzam seu caminho estranhas, donas de si, porém sem a festa prometida do "carro alegre cheio do povo contente", eles não tem nomes ou palavras de ordem. As multidões são sábias, como foram os namorados que foram embora mas ficaram, nos deixaram em paz e filhos, seguiram seus rumos, trajetos sábios. Um filho é um abraço certo...
Consultas médicas, florais,acupuntura, ouvindo gemidos de outros pelas paredes finas, sua imensa tristeza. Evita-se seguir ou dar conselhos. Não julgar é dificil. Há algo de bom em ser feia, ombro a ombro, face a face, é legítimo este olhar que você vê. Este corpo é o que fiz com a vida. Não tolero a incerteza, o mais certo é que “os caminhos se bifurcam” e que uma estrada não vai lugar nenhum se não caminharmos nela. Não titubeio, nada dói ou obstrui, quase tudo flui como palavras nervosas e os fluídos. O éter, pneuma, Hermes, os anjos. Menos viagens, mundo pequeno, mais devires...
Meu monstro é carne e unha com outros feios...