Era uma menina de cinco ou seis anos, na época mais Electra de sua vida, sentia saudades do pai o dia inteiro enquanto ele trabalhava. Num desses dias quando o pai chegou tarde da noite, com seu coraçãozinho batendo de alegria, ela correu e abraçou-lhe as pernas, altura ao seu alcance. Talvez o pai tenha tido um dia difícil no trabalho, se aborrecido ou apenas estivesse com dor no fígado, o fato é que ele a empurrou com força como quem dissesse: “sai menina enjoada”. Isso marca como um amor não correspondido.
Um dos seus amores era vazio como um ator de fotonovela “Sétimo Céu”, mas tinha os olhos azuis, mais tarde, ela chegou a conclusão de que tinha amado um personagem, quem não fez isso? Talvez seja sempre isso mesmo que acontece quando se ama, dada a incomunicabilidade e a intradutibilidade entre gestos, palavras, atos e coisas dos humanos.
Um dos seus amores era um cara que dizia amar a verdade. É certo que ele sempre foi extremamente sincero. Mas ele colocava um espelho na frente das palavras que ela dizia, e as palavras, ou mais precisamente, seus sentidos, retornavam vazios, inúteis e invertidos muitas vezes retorcidos ... Tal como Sócrates que condenava a tragédia e defendia a verdade, que condenava os sofistas e fazia a mesma operação, esvaziando o mito, usando-o para seu benefício próprio, identificando o desejo como a falta, fazendo de Eros um simples amigo e da beleza numa idéia... Contudo isso, ela amou este homem, não um personagem. Enfim, esta história mais pareceu a história de dois cometas desgovernados que se trombaram por acaso no universo e por um tempo percorreram perfilados no espaço. Então cada qual seguiu seguiu seu caminho na imensidão, como era de se esperar.
Um dos seus amores era vazio como um ator de fotonovela “Sétimo Céu”, mas tinha os olhos azuis, mais tarde, ela chegou a conclusão de que tinha amado um personagem, quem não fez isso? Talvez seja sempre isso mesmo que acontece quando se ama, dada a incomunicabilidade e a intradutibilidade entre gestos, palavras, atos e coisas dos humanos.
Um dos seus amores era um cara que dizia amar a verdade. É certo que ele sempre foi extremamente sincero. Mas ele colocava um espelho na frente das palavras que ela dizia, e as palavras, ou mais precisamente, seus sentidos, retornavam vazios, inúteis e invertidos muitas vezes retorcidos ... Tal como Sócrates que condenava a tragédia e defendia a verdade, que condenava os sofistas e fazia a mesma operação, esvaziando o mito, usando-o para seu benefício próprio, identificando o desejo como a falta, fazendo de Eros um simples amigo e da beleza numa idéia... Contudo isso, ela amou este homem, não um personagem. Enfim, esta história mais pareceu a história de dois cometas desgovernados que se trombaram por acaso no universo e por um tempo percorreram perfilados no espaço. Então cada qual seguiu seguiu seu caminho na imensidão, como era de se esperar.
Cada um desses encontros ou desencontros é uma estória da vida, as quais damos os "nomes que quisermos", mas não é uma choradeira sobre ser infeliz, sobre não ser amado. Afinal, tem-se caber no sonho de alguém. Isso não é fácil, mesmo porque requer competência e habilidade especiais ...
A historinha é uma resposta aos encadeamentos, às repetições que não se entende muito bem ou nadinha mesmo por que acontecem.
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