janeiro 29, 2013

todos bem



Amo de cabelo colorido, descolorido, natural, preso, murcho ou revolto, armado, brilhoso ou opaco;
Perfume francês, cheiro de transcol, de ciclista que atravessou a ponte a vapor de maconha;
Salto alto, tênis novo ou doado; Chinelo de dedo ou pé descalço;
Pele lisinha ou marcada de catapora; Cheinho, tortinho ou modelo.
Amo os que fazem pergunta difícil, os que fazem pergunta fácil, amo os fazem perguntas; tem aquela combinação entre os outros de não fazer pergunta, eu sei.
Não, não gosto dos preguiçosos, mas não sei quais são;
Os que estranham, os que se espantam e também os blasé, os que parecem de olhos abertos, mas só olham para o umbigo, amo também;
Amo, adoro os que querem mudar o mundo, os que têm opinião sobre tudo e pensam que estão certos;
Amo os tomam iniciativa, mas também os tímidos, os perdidos, os que não sabem o que querem, os que matam aula, os que vem à aula antes do feriado;
Não amo muito quando trabalham pouco e reclamam da nota;
Amo os que param no meio do caminho e os que seguem desembestados; os lentos também;
Amo a sua alegria e quando ficam deprimidos me preocupo; quando ficam doentes, quando choram no corredor me preocupo;
Amo os que picham, os que fazem stencil, os que colam lambe-lambe, em vez de fazer uma manifesto um pixo; em vez do diálogo uma enquete de opinião, a gente ouve do mesmo jeito.
Admiro mesmo aquele olhar que olha através, que põe a alma nua e requer sinceridade.
Adoraria que ficassem jovens pra sempre e que adquirissem sabedoria cedo;
Amei chegar segunda à faculdade e ver todos bem!!!

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