De volta, depois de quase uma semana longe de casa. No Rio, desde sábado um dia antes da ocupação do Alemão. O Rio que eu vivi foi um Rio de paz. Eu só vi o outro lado quando cheguei no Galeão, a Penha sob helicópteros pretos. Sábado e domingo em Ipanema e Leblon. Nos outros dias, andei nas beiradas da Praça XV, bebi mais chop do que devia, comi carnes irreconhecíveis, sentei em calçadas antigas onde vendedores vendiam coisas que eu não precisava, um atrás do outro, insistemente. Neguei dinheiro a um poeta, depois descobri que ele estava com fome. Vi muita gente dormindo na Rua no Centro, nenhum mendigo em Ipanema. O choque de ordem deu certo ?
Andei, estive na Avenida Rio Branco em meio ao povo comum e engravatados que pagam mais de 50 reais por Buffet no almoço (?). Entrei pela primeira vez no Prédio do MEC, tive uma experiência de forno. Como Ipanema e Leblon estão distantes do centro. Dessa vez choveu ... Fui a todas as livrarias que tive e não tive direito, gastei o que não devia. Vou dever...
Ficar só no Rio me deixa deprimida (foi apenas uma segunda assim). Participei de um evento em que encontrei amigos, conhecidos, pessoas que admiro, passei pelo centro e foi bom. O centro do Rio é uma riqueza! Não fui a Gamboa, tomei uma sopa de 5 reais, deixei metade de um copo de vinho.
Conversei com Robson sobre Tostoi. Ele me contou sobre a narrativa sob o ponto de vista de bichos e que tem vontade de fazer uma coletânea sobre esse assunto. Eu contei sobre uma das palestras do encontro que abordou contos de Guimarães Rosa em bois conversavam. Um deels está em "Corpo de Baile". Segundo o expositor os contos tratavam sobre "o quem das coisas".
Estou mudando de novo de opinião sobre narrativas. Dormi mais do que podia, cheguei 20 minutos antes do avião partir de volta.
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