janeiro 20, 2015
20 de outubro de 2014
Os homens adultos acima de 21 anos, independente de renda, só puderam votar, com a República. Antes apenas uma restrita panelinha de senhores de terra e proprietários podiam tomar decisões sobre os rumos do país. Há o famoso voto de cabresto. Somente em 3 de maio de 1933, na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, a mulher brasileira, pode votar e ser votada pela primeira vez, em âmbito nacional. A luta por esta conquista durou mais de 100 anos (...). As sufragistas aparecem como loucas na história. Dois exemplos do fim do Século passado. O Constituinte capixaba Muniz Freire, (o mesmo que contratou Saturnino de Brito para fazer o novo arrabalde em 1894), em 1892, disse na tribuna do congresso brasileiro: "- Não aceito a idéia manifestada por alguns ilustres membros do Congresso de estender o voto até às mulheres. Essa proposta é imoral e anárquica. A mulher, pela sua superioridade de afetos, tem na vida doméstica o seu destino a realizar". O representante do Ceará, Barbosa Lima,diz: "- Sou contra o voto da mulher não pela questão do direito mas, sim, porque o voto feminino provocaria a dissolução da família brasileira!". E assim foi (...). Já os analfabetos, e maiores de 16 anos, votam desde a Constituição de 1988. Para uma descendente de pequenos agricultores e sendo mulher, este meu voto foi uma batalha secular. Posso até duvidar do alcance do meu voto, questionar os limites da democracia representativa. E também não quero dizer que sou contra a abstenção ou voto nulo. Cada um que haja segundo seus princípios. Não discuto nem aqui no facebook sobre as escolhas dos outros, nem no "recesso de seus lares" nem na rua. Quero dizer que meu voto é meu direito de escolha. Eu voto em quem eu acho que merece meu voto nessas condições de escolha!
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