Quem sou eu: um conjunto de obstinações, compulsões, uma
objetividade extremada, para mim o alvo é muito claro, o que almejo é muito
claro. Ninguém fez isso por mim, eu mesma fiz. E eu quero mesmo isso (não vou
dizer ainda o que). Mas são muitos os obstáculos à frente, que eu mesma coloco,
concordo, porém, com a ajuda de alguns sabotadores amigos e inimigos. Há um
texto de Charles Bukowski: “Toda a minha vida tem sido uma questão de lutar
por uma simples hora para fazer o que eu quero fazer. Tem sempre alguma coisa
que atrapalha a minha chegada a mim mesmo.”
Sou também uma pessoa que coloca o amor no lugar errado, talvez, eu “não tenha amado” quase ninguém. Nossa! me perdi!.
Quem sou eu? O que venho fazendo? Como é meu modo de agir?
Como me movo entre os vivos? Como faço para me tornar o que tenho sido? O que
eu quero de verdade?
Está uma bagunça comigo, desorganizado mesmo. Escrever coloca ordem nas coisas projetivamente, o que é bom, mas é meio ficção, demasiado projeto, demasiado desejo, preciso ir à carne crua da minha vida. Por isso, apenas pensar tem sido melhor...
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