dezembro 19, 2009

o carro velho, a motorista que não sabia dirigir e a passageira que não conseguia desembarcar

Estou numa fase em que pratico da idéia que minha opinião não é tão importante assim, mas não me calo o suficiente. Ainda verto palavras desnecessárias. Falo, falo, faço discurso, julgo, absolvo, reclamo, emito indulgências, auto-indulgências, e falo e digo, critico, avalio, condeno e assim por diante. Algumas vezes faz diferença, poucas vezes. Ah, quando é a hora do silêncio?
Recuperei o apreço por Charles Bukowski e isso vai me custar 200 reais. Quase tudo me custa muito. Será que sou eu que transformo tudo neste tipo de valor para que eu pague o preço? Sei lá
Mas já sei o que significa aquele sonho do carro meio quebrado descendo a ladeira com uma motorista velha que não sabe dirigir direito e que não para quando eu solicito. O carro continua, não está desembestado, apenas não pára. Até que num ponto adiante vejo algumas alunas e peço de novo que pare. Como não fui atendida eu desço do carro em movimento. A motorista reclama, ei não vai pagar não?!!! Embora tenha o dinheiro para pagar 7 reais, não pago. Hum?!
A vida não para e no momento eu não dirijo. Sigo, alguém sempre me leva, porém nem sempre quero ir. Na verdade as vezes quero apenas ficar um pouco mais, contudo sou obrigada a seguir pois minha vontade não conta. Sigo sem querer e alguém ainda me cobra o preço, deve ser isso não?? Só que daquela vez eu não paguei, era um sonho.

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