março 03, 2012

Teló, telos, nada dura

Sobre a polêmica do sucesso do Teló (telos? ironia). "Nada dura" já dizia o falecido Philllip Johnson, que em vida foi seguidor de Mies, um eterno moderno, (com seu parodiado "menos é mais") e depois aderiu ao posmodernismo (pastiche) aquela "marolinha" estilística dos anos 80.
Depois de quase 50 anos de vida, ando invertendo um velho ditado "a vida é longa e a arte é breve", não que se esteja fal...ando de arte no caso do Teló, mas já vi/ouvi sucessos grudentos que se foram pra sempre (alívio). Vi auge e queda do socialismo real; auges e quedas formidáveis do capitalismo (que podia cair de vez desta vez). Vi abstração e figurativismo trocarem de lugar no gosto da crítica mais de uma vez. Vi a arte e a história morrerem várias vezes. Já vi o moderno, mesmo odiado, dominar o mundo por alguns anos e ser acusado até hoje de todos os males das cidades. Já vi o pós modernismo durar menos de uma década e não servir pra na nada. Aprendi que não se pode contar vantagem de performances, desempenhos sexuais, físicos, políticos nem do sucesso de mercado, é tudo névoa. Não se pode muito menos ficar se achando em relação às nossas ações na vida (sempre se pode pisar na bola e errar irremediavelmente). No fim, talvez a vida e arte valham a pena exatamente por que não duram para sempre. Nem os imortais nem as montanhas duram a eternidade.
EXCETO O ROCK AND ROLL